O livro “Rafa e as Férias de Verão” merece ser lido por todos e, porventura, deveria ser um dos livros recomendados para os jovens que muito se identificarão com a personagem: o Rafa é um rapaz da sociedade actual.
É um excelente rapaz. É uma qualidade que lhe é intrínseca. Nesta geração controversa, que tem suscitado “n” debates e a quem alguém já chamou “rasca” e “à rasca”, ele destaca-se pela sua maneira de ser. Tímido, irresistível, pela sua densidade psicológica e pela atitude reflexiva, convida-nos, constantemente, a assistir à análise que faz, sobre tudo e todos.
Tem um segredo: a sua imaginação fértil fá-lo distrair-se do mundo e ver tudo destilado pelo filtro da sua inocência e higiene mental intocada. O alheamento e a ingenuidade colocam-no a salvo de muitos dissabores.
No entanto, através da leitura do pensamento do Rafa vamo-nos apercebendo também das suas angústias e dos seus anseios. E também das contradições deste rapaz inseguro e inocente que critica atitudes “de ontem” (do pai) mas vive plenamente “o hoje” (à sua maneira), projectando-se de forma sábia, embora inconsciente, em “amanhãs” (que adivinhamos prometedores).
A postura introspectiva e o exame minucioso que faz do mundo e a capacidade que tem de se estudar a si mesmo, fazem-no saber quais são os seus pontos fortes e quais são as suas limitações, em exames metacognitivos que faz assertivamente e com rigor. É um cibernauta expedito; apesar da sua imaginação fértil, não é capaz de desenvolver… também é um crítico demolidor e inflexível: aquilo de que culpa e acusa a mãe, as idas ao psicólogo e a análise que faz das perguntas colocadas…
Muito mais haveria a dizer sobre este livro, escrito com mestria, num estilo completamente diferente de outros registos da autora, utilizados em livros para outros públicos, mas onde é abordado, com igual proficiência, o quotidiano dos adolescentes deste início de triénio, com as suas dúvidas e inquietudes, pela mão do protagonista que nos conta as suas “coisas” em jeito de confidência.
Professora Maria José Loureiro
ECRIE (Equipa de Computadores, Rede e Internet nas Escolas) Universidade de Aveiro
É um excelente rapaz. É uma qualidade que lhe é intrínseca. Nesta geração controversa, que tem suscitado “n” debates e a quem alguém já chamou “rasca” e “à rasca”, ele destaca-se pela sua maneira de ser. Tímido, irresistível, pela sua densidade psicológica e pela atitude reflexiva, convida-nos, constantemente, a assistir à análise que faz, sobre tudo e todos.
Tem um segredo: a sua imaginação fértil fá-lo distrair-se do mundo e ver tudo destilado pelo filtro da sua inocência e higiene mental intocada. O alheamento e a ingenuidade colocam-no a salvo de muitos dissabores.
No entanto, através da leitura do pensamento do Rafa vamo-nos apercebendo também das suas angústias e dos seus anseios. E também das contradições deste rapaz inseguro e inocente que critica atitudes “de ontem” (do pai) mas vive plenamente “o hoje” (à sua maneira), projectando-se de forma sábia, embora inconsciente, em “amanhãs” (que adivinhamos prometedores).
A postura introspectiva e o exame minucioso que faz do mundo e a capacidade que tem de se estudar a si mesmo, fazem-no saber quais são os seus pontos fortes e quais são as suas limitações, em exames metacognitivos que faz assertivamente e com rigor. É um cibernauta expedito; apesar da sua imaginação fértil, não é capaz de desenvolver… também é um crítico demolidor e inflexível: aquilo de que culpa e acusa a mãe, as idas ao psicólogo e a análise que faz das perguntas colocadas…
Muito mais haveria a dizer sobre este livro, escrito com mestria, num estilo completamente diferente de outros registos da autora, utilizados em livros para outros públicos, mas onde é abordado, com igual proficiência, o quotidiano dos adolescentes deste início de triénio, com as suas dúvidas e inquietudes, pela mão do protagonista que nos conta as suas “coisas” em jeito de confidência.
Professora Maria José Loureiro
ECRIE (Equipa de Computadores, Rede e Internet nas Escolas) Universidade de Aveiro
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